sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Download Remunerado

Que tal baixar músicas na internet sem pagar nada e saber que seu artista favorito receberá por isto? Essa foi a forma que a Trama, empresa de música e entretenimento do Grupo VR, encontrou para divulgar a obra de artistas independentes na internet e pagar por seus direitos autorais.

A Trama é a primeira a lançar esse formato no mundo da música. Uma plataforma digital onde as bandas e usuários montam suas páginas ou perfis e disponibilizam suas músicas p/ downloads. O usuário não paga nada para baixar as musicas de sua escolha, e ao final de cada período, as bandas tem uma quantia pré-determinada para dividir entre elas, paga por empresas patrocinadoras que têm suas marcas divulgadas no site.

Saiba mais no site
http://www.tramavirtual.uol.com.br/ e no vídeo onde Marcelo Bôscoli, presidente da Trama, explica o projeto.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Jumbo Elektro é indie, é pop, é rock, é tudo!!!

Você ouve uma música e não sabe se é pop, rock, eletrônica, brasileira ou francesa. Pois é, talvez a primeira vez que você ouça o som da banda paulistana Jumbo Elektro, possa ter esta sensação, que garanto, não é nem um pouco desagradável!

Já firmada há alguns anos na cena independente, a banda tem influências como Radiohead, Blur, New Order, Kraftwerk, Ramones, Beatles, Mutantes, Fofão, Serginho Malandro, Chico Anísio, Devo e incontáveis outras. Sabendo disto, fica fácil perceber por que suas músicas são tão ricas em sonoridades e difíceis de se classificar. E para que rotular quando o que se tem transcende a isto?

O Jumbo é formado por 7 integrantes para lá de divertidos, que no palco, além de fazer um som bem bacana, ainda encarnam personagens trashs como um general soviético, um motoboy argentino, um diretor de filme pornô e qual quer outra coisa que suas mentes insanas possa materializar. Eles também são poliglotas: cantam em português, inglês, alemão, francês, japonês, espanhol e, juntado tudo isto, você conhece o embromation super? Então, eles também conhecem muito bem!

Abaixo, clipe super fofo da cenoura, que não sei por qual motivo, me lembra muito a Angelina Jolie. Ah, o nome da música é Fresh Fruit for Rocking Vegetables.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jabá X Direito de escolha

“Quando eu era jovem, o mundo era inocente e orgânico. Era o público que decidia o que seria sucesso. A música não tinha manipulação, o jabá não era estruturado”. Essas são as palavras do polêmico Pena Schmidt, produtor musical, que sem medo e com a certeza de poucos, pode falar com propriedade sobre o seleto mundo musical das últimas décadas.

Em entrevista ao O Estado de São Paulo, de 27/abril/08, em Cidades/Metrópole, por Lívia Deodato, o também diretor da ABMI (Associação Brasileira de Música Independente), faz declarações polêmicas, como a primeira frase dessa matéria.

Na reportagem, ele diz que é totalmente a favor da troca de informações online que, em suas palavras, devolve ao público “direito de liberdade de escolha” e tira o poder absoluto das quatro maiores gravadoras (Universal, Sony, Warner e EMI, segundo ele), que “se tiverem juntas 30 artistas, já é muito”.

Apesar de todo esse desprendimento em falar sobre um assunto tão delicado, ao responder uma entrevista ao Ajuste o Dial, Pena Schmidt se esquivou e não respondeu com a mesma clareza que fez ao jornal O Estado de S. Paulo. Mesmo assim, nos deu respostas interessantes.

Ajuste o Dial: Na matéria do jornal O Estado Estado de S.Paulo você diz que aprendeu a identificar quando uma banda tem mesmo o dom, ou não e quando foi trabalhar para grandes gravadoras sua função era praticamente a de olheiro. Quando você detecta esse “dom”, é de acordo com o que considera talentoso ou com o que o mercado intitula como tal? Existe uma fusão das duas coisas?

Pena Schmidt: Acredito piamente que o mercado vem depois, primeiro vem o talento. Esta lógica nos afasta dos “artistas” assim entre aspas, que produzem algo parecido com o que as pessoas já disseram que gostam, aparentemente eles até podem ser considerados “talentosos” pelo mercado, mas costumam soltar as tiras e ter chulé.

AD: Quais são os filtros que determinam a veiculação de um artista na imprensa?
PS: Os óbvios para começar, a aparência, a fotogenia, a vida sexual em público, principalmente o filtro de já serem noticia. Não tão obviamente, porque meio fora da regra, alguns artistas têm talento e são reconhecidos pelos jornalistas, fotógrafos, editores e críticos. Ainda outros artistas juntam a isto tudo uma boa e profissional assessoria de imprensa.

AD: Hoje os artistas precisam não só de talento e competência, mas também de atitude para não serem engolidos pela máquina da indústria cultural. Você acha possível que um músico, um cantor, consiga divulgar seu trabalho, fazer com que ele chegue ao público sem ter sua obra modificada?

PS: Interessante que uma tese do critico inglês J. Firth comprova que a maioria dos artistas ingleses de sucesso nas décadas de 60 a 90 passaram pela Art School, uma instituição inglesa da época da Revolução Industrial, onde se ensina Arte junto com disciplinas técnicas, para formar artistas capazes de gerar artefatos artísticos prontos para serem reproduzidos industrialmente, como um dia foram os papeis de parede e os pés esculpidos da máquinas de costura. Na verdade, estamos falando de uma forma de arte que nasce e se desenvolve fruto da indústria, da gravação e reprodução elétrica, do tempo que cabe num lado de disco, o numero de faixas que cabe no CD e por ai vai. Não é só uma questão de serem engolidos, mas de serem vomitados pela indústria cultural, que produziu flores tão belas, não é?

AD: A cena musical brasileira é ampla e diversificada, porém os grandes veículos de comunicação se pautam sempre por artistas de grandes gravadoras que fazem shows para milhares de pessoas. Existem artistas independentes, que são excepcionais, se apresentando em bares e pequenas casas, às vezes para um publico de 50 pessoas. Por que isso não é divulgado? Onde está a isenção jornalística? Onde termina o jornalismo e começa o comércio?

PS: Excelentes perguntas, cujas respostas requerem 600 páginas cada uma, não sei os porquês, mas sei que não são regras imutáveis e lutar pelas exceções á essas regras tem sido minha vida.

AD: Atitudes como a do cantor Lobão que, durante algum tempo, lançou seus CDs de forma independente, seria uma saída para os artistas que não querem ter sua criatividade castrada pela indústria fonográfica e pela mídia?

PS: Não sei se o comércio é uma alternativa para a arte, como opção de carreira para um artista, acho que não.

AD: Você acha possível que exista um equilíbrio entre o que é vendável para o mercado e a qualidade artística?

PS: Claro, basta separá-los e as coisas se equilibram.

AD: Por que o grande público se deixa levar pelo que é imposto pelo mercado? É papel do público sair a procura de música de qualidade garimpando na internet, nos bares, em shows de artistas independentes ou seria função do jornalismo cultural buscar novidades e levar a este público?

PS: Por que é assim, cultura de massa versus cultura de descoberta individual e a cultura da recomendação tentando junta-los, mas tudo isso fica bem furado se colocado no contexto da rede, no mundo quântico onde os paradoxos se encontram.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O fim das corporações

A previsão feita pelo videojornalista Michael Rosenblum foi o ponto alto da abertura do MediaOn 08 – 2 Seminário Internacional de Jornalismo Online que aconteceu entre os dias 09 e 11 de setembro de 2008 no Itaú Cultural.

Michael Rosenblum, jornalista , fundador da NYT TV (empresa do Grupo New York Times) ao lado de Marcelo Tas, jornalista e comunicador de TV, disse que as grandes corporações de comunicação irão acabar e que o caminho será o enxugamento da estruturas, como custos com prédios, instalações, papel, etc. Ele conta que nos EUA muito jornais estão quebrando, “precisa parar de publicar jornal em papel, 85% dos custos é de impressão, isso tudo vai cair fora!”

Marcelo Tas brincou com a situação “você está propondo o fim de quem paga o meu salário?” já que ele trabalha como ancora do programa CQC, da Rede Bandeirantes de Televisão.

Michael explicou que o jornalista terá que criar um site ou blog de noticias e buscar empresas que patrocinem sua página.

De acordo com Michael, com o fim das grandes corporações irá acabar também o filtro, “o You Tube não tem editor, não tem filtro, é democrático. Não quero que me digam o que ver” diz.

Marcelo Tas, que trabalha em uma grande emissora de TV e também tem um blog (Blog do Tas) vive os dois lados dessa situação, trabalha com a maior equipe que já teve na TV e completamente só em seu blog.

Um ponto de discórdia entre Tas e Rosenblum foi a relação dinheiro X talento. Tas diz que para produzir um bom vídeo, mesmo na net, é preciso além de talento dinheiro. Mas Rosenblum afirma que não é preciso dinheiro só talento: “Faça um vídeo em casa e coloque na net!”.

A segunda edição do MediaOn aconteceu entre os dias 9, 10 e 11 de setembro de 2008 e debateu a expansão das redes sociais na internet e as coberturas na web das campanhas eleitorais norte-americana e brasileira.

Mais informações, vídeo e fotos:
http://www.mediaon.com.br/

Itaú Cultural:
Avenida Paulista, 149 – São Paulo

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vila la América Latina

Acontecerá em Brasília entre os dias 27 e 30 de novembro o primeiro festival ibero-americano do Brasil de música independente, o El Mapa de Todos – Música, Internet e Integração.

O festival receberá artistas de 9 países. Entre os já confirmados estão: Argentina (Babasonicos e La Quimera del Tango), Chile (Raviera Mena), Uruguai (Danteinferno), Venezuela (Los Mentas), Colômbia (Superlítio), Peru (Turbopotamos), Espanha (Sr. Chimarro), Portugal (Azevedo Silva) e Brasil (Marcelo Camelo, Mundo Livre S/A, Macaco Bong e Beto Só).

A produção é uma parceria do Espaço Brasil Telecom e a Senhor F. O evento conta com co-produção da Scatter Records e patricínio da Brasil Telecom.

Abaixo, vídeo de Marcelo Camelo cantando ao vivo “Doce Solidão”. As imagens não estão muito boas, mas só de ouvir a emoção da platéia cantando junto já vale por tudo!


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Banda Regra Quatro


Regra Quatro é uma banda que, por forças maiores, faz um trabalho independente e já está na estrada tentando conquistar um espaço no meio musical há 11 anos. Eugenio Fin, integrante do grupo e um dos fundadores, respondeu a uma entrevista que esclarece um pouco de como funciona o meio musical independente e conta suas dificuldades e a importância do blog como meio de divulgação.

Ajuste o Dial: Quais são as maiores dificuldades de novas bandas para entrarem no mercado musical?

Eugenio Fin: A dificuldade maior é a falta de um manager, um agente que venda o trabalho da banda. As vezes é uma ótima banda, mas não tem circulação necessária, é mais ou menos nosso caso...precisamos de um manager.

AD: Qual a importância dos blogs para o cenário da música independente?

EF: É uma forma de saber as opiniões de muita gente e quanto mais gente é melhor. Circular mais o som, ampliar contatos e tudo mais que pode vir por consequência disso.

AD: Existe algum tipo de relacionamento da banda Regra Quatro com a indústria fonográfica?

EF: Nenhum relacionamento com a industria fonográfica. Somos independentes, não por opção mas sim por necessidade. Preferíamos ter uma gravadora ou distribuidora, mas nosso som é diferente e creio que será mais fácil lá fora, a banda será mais aceita.

AD: Qual é a melhor forma de divulgação do trabalho de vocês?

EF: Amigos, simpatizantes do som, pessoas que curtem o trabalho e internet.

AD: Em um mercado tão fechado, onde só tem lugar na mídia os artistas das grandes gravadoras, como bandas independentes se mantém?

EF: Fazendo shows em sua cidade de origem e com muita luta e suor para aguentar a exploração dos outros em cima das bandas. A falta de apoio é grande. Precisa ter muita coragem e determinação para continuar.

AD: Há a possibilidade de esse cenário mudar?

EF: Sim, se todos partirem para composições próprias e impuserem um determinado respeito financeiro e de ética profissional, onde se deve respeitar o som de cada um e nunca ficar imitando idéias já feitas, mas sim renovar e criar coisas novas. Tem que ter mais criadores, porque existem muitos copiadores que acabam por dilatarem demais o mercado com as mesmas coisas e músicas. Deve se reciclar, renovar, reinventar mais.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um texto a 40 mãos

- A exposição Emoção...
- Não, não! Acho melhor começar com aspas.
- Ah, eu não gosto!
- Alguém pegou o nome do menininho?
- Pessoal, pessoal, o tempo está acabando!

Conseguir organizar o pensamento e as idéias dos 20 alunos de jornalismo de diversas universidades de São Paulo: tarefa dificil para o jornalista Ricardo Calil e para o designer Tiago Teixeira, durante a Oficina de Jornalismo Cultural Online realizada como parte das atividades do MediaOn - 2 Seminário Internacional de Jornalismo - que aconteceu entre os dias 09 e 11 de setembro de 2008 no Itaú Cultural.

Depois de explicar um pouco da atividade do jornalista cultural, Ricardo propôs aos alunos uma visita à exposição “Emoção Art. Ficial 4.0 - Emergência”, em cartaz no prédio do Itaú Cultural, em seguida entrevistar os curadores da exposição e redigir um texto para a página do MediaOn na internet.

O maior desafio para a turma foi o tempo. A visita à exposição foi maior do que nosso professor previa e a entrevista também, o que sobrou para o texto foram pequenos 20 minutos.
Imagine a confusão!

O resultado você confere no link abaixo:
http://mediaon.terra.com.br/2008/workshop


Ricardo Calil é redator-chefe da revista 'Trip', crítico de cinema da 'Folha de S. Paulo' e titular do blog Olha Só, sediado no portal IG. Foi colunista do site NoMínimo, editor-colaborador da revista 'Bravo!', correspondente em Nova York da 'Gazeta Mercantil', editor dos portais Ibest e Starmedia e repórter de cultura da 'Folha de S. Paulo' e 'Jornal da Tarde'.

Tiago Teixeira é designer e diretor de arte freelancer, curta-metragista e montador. Tem entre seus clientes empresas como a JWT, Salem, IG, iBest, Ivox e Petrobras.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A nova banda queridinha dos modernos


O ar retrô, tanto do visual dos integrantes como o das músicas, é a marca registrada da banda paulistana de eletro-rock Mono4. Formada em meados de 2006, hoje já desponta na cena independente como uma das mais promissoras e talentosas do gênero.

Composta pelo trio Edo, Pollak e Julie, o Mono4 está virando sensação na noite dos modernos e descolados. “Quando eu ouvi o Mono4 pela primeira vez, no Vegas, eu quase surtei na pista! Não tem como ficar parado. Dá vontade de pular, gritar, rolar. É muito bom!” diz a analista de sistemas Fernanda Soares, freqüentadora assídua da noite underground de São Paulo.

O Mono4, como banda independente que é, faz toda a sua promoção através da internet e do “boca a boca”. E tem dado muito certo! Conhecidos no Brasil, agora já estão sendo assunto em matérias gringas, como as da
`Sup Magazine, Cool Hunting e Big Stereo. Também tiveram a música “Break Time Works” inclusa na coletânea da revista Amelia´s Magazine.

Quer ver a banda ao vivo? Então se joga: dia 17/10 eles estarão tocando na “Festa Vai!”, que acontece no Clube Glória e no dia 19/10 o som rola no AMP, em São Paulo.

Para saber +:
MySpace
Flickr

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Esquina da MPB

Noite fria de segunda-feira em São Paulo, mas mesmo assim as pessoas se encontram para ouvir boa música e conhecer novos talentos da MPB, que estão escondidos na imensidão de grandes estrelas da música que lutam para sobreviver da arte.

No cruzamento mais famoso da cidade, a tão cantada Ipiranga com a avenida São João, conhecida como a esquina da MPB, é o endereço do Bar Brahma, onde o produtor Henrique Barros e o jornalista Mauro Dias realizam o Projeto Enquanto Isso.

Criado no início de 2008, o projeto, além de ser um ponto de encontro, onde artistas podem tocar suas músicas, apresentando suas produções, também é um ponto de formação de público.

“A gente não está aqui para inventar a roda, mas fazer com que ela rode”, diz Mauro Dias. Todas as segundas-feiras se apresentam em média nove artistas, cantores e músicos independentes, que tocam três músicas cada um, dando ao público a possibilidade de conhecer de uma só vez vários estilos, diferentes talentos e muita música de qualidade.

“É muito importante essa troca, essa convivência. Não só para mostrar o nosso trabalho, mas para ver o que outras pessoas estão fazendo”, fala Nô Stopa, cantora independente que já se apresentou no palco do projeto.

Todas as segundas-feiras, talentos da MPB se apresentam no palco do Bar Brahma, encantando a quem estiver por lá, enquanto outras pessoas ficam em casa reclamando da qualidade ruim das músicas que ouvem no rádio. Tudo é uma questão de escolha!
Bar Brahma - Rua São João, 677 República F: 3333-3030